Cirurgia Robótica

O sistema robótico que conhecemos hoje foi aprovado para funcionamento nos EUA pelo FDA (agência regulatória americana) no ano 2000. Com seu sucesso, a técnica rapidamente se espalhou pelo mundo. No Brasil, as cirurgias robóticas começaram em 2008, e atualmente o país conta com programas de cirurgia robótica em vários estados, tanto em capitais quanto em cidades do interior.

De acordo com representantes do setor, aproximadamente 1 milhão de cirurgias robóticas são realizadas anualmente em todo o mundo, e a expectativa é que esse número mais que dobre nos próximos três anos, ultrapassando a marca de 2 milhões até 2025. Instituições indicam que 8,5 milhões de pacientes já foram operados com o auxílio de robôs, sendo 100 mil apenas no Brasil.

Ao contrário da cirurgia tradicional, em que os médicos realizam os procedimentos diretamente com suas mãos, na cirurgia robótica o cirurgião controla um console com braços robóticos que executam os movimentos necessários para a operação.

Embora a tecnologia seja aplicada em diversas especialidades, foi nas cirurgias urológicas, que envolvem procedimentos delicados e reconstruções complexas, que ela vem ganhando cada vez mais espaço. Isso se deve às inúmeras vantagens para médicos e pacientes e aos excelentes resultados pós-operatórios.

 

 

 

A cirurgia

As cirurgias minimamente invasivas começaram com a laparoscopia, uma técnica que utiliza microcâmeras para acessar o campo cirúrgico. No entanto, a cirurgia robótica representa uma sofisticação e modernização desse método. Nesse caso, a cirurgia é realizada com o auxílio de um robô de alta tecnologia e confiabilidade.

É importante destacar que a máquina não executa movimentos de forma independente. Ela reproduz os movimentos do cirurgião principal, que controla tudo a partir de um console próximo à mesa cirúrgica. Durante todo o procedimento, um cirurgião auxiliar permanece ao lado do paciente, responsável pelo posicionamento do robô, troca de pinças e assistência no campo cirúrgico.

O sistema inclui braços robóticos equipados com instrumentos cirúrgicos articulados que possuem movimentos ampliados, superando as limitações da mão humana e oferecendo uma precisão muito maior, essencial para a realização de procedimentos complexos e delicados.

Uma câmera de alta definição proporciona uma visão tridimensional (3D) estável, com ampliação de até 15 vezes do local da cirurgia. Isso permite que o cirurgião veja os detalhes com maior clareza, melhorando significativamente a precisão e os resultados da operação.

Quais são os benefícios da cirurgia robótica?
  1. Menos invasiva e menor trauma: Com incisões abdominais mínimas, a cirurgia robótica minimamente invasiva reduz o trauma aos tecidos circundantes, resultando em menos dor pós-operatória, menos sangramento e cicatrizes menores para os pacientes.
  2. Recuperação mais rápida: Devido à sua natureza minimamente invasiva, a cirurgia robótica frequentemente resulta em tempos de recuperação mais curtos, permitindo em muitos casos a alta hospitalar em até 24 horas após o procedimento. Além disso, muitos pacientes podem retomar suas atividades normais mais rapidamente do que com as técnicas cirúrgicas tradicionais.
  3. Menos complicações: A precisão do sistema robótico e a visão aprimorada minimizam o risco de danos às estruturas circundantes, reduzindo as chances de complicações pós-operatórias imediatas e a longo prazo, como incontinência urinária e impotência sexual, frequentemente observadas em cirurgias de próstata.
  4. Variedade de procedimentos: A cirurgia robótica é aplicável a uma ampla gama de procedimentos urológicos, incluindo prostatectomia radical (para tratamento de tumores de próstata), ressecção de tumores renais (nefrectomia parcial), retirada da bexiga (cistectomia radical) e cirurgias reconstrutivas do trato urinário.

 

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