Câncer de testículo

Entendendo o câncer de testículo
Os testículos são dois órgãos ovais, situados no interior do escroto, que têm papel fundamental na produção dos espermatozoides e dos hormônios masculinos, como a testosterona. Apesar de serem dois, é possível viver normalmente apenas com um testículo, caso haja remoção cirúrgica ou atrofia.
O tumor de testículo corresponde a 5% do total de casos de câncer nos homens e sua incidência vem aumentando nas últimas décadas, especialmente nos países mais desenvolvidos. Apesar de ser uma condição que pode afetar homens de todas as idades, ao contrário dos outros tipos de câncer, se desenvolve principalmente em homens jovens, entre os 15 a 40 anos. Acometendo o homem no auge de sua vida sexual, reprodutiva e de sua capacidade de trabalho, o que causa um impacto grande em sua qualidade de vida.
A ótima notícia é que, com o diagnóstico precoce e o avanço em tratamentos como quimioterapia, radioterapia e cirurgia, o câncer de testículo apresenta mais de 95% de chance de cura nos pacientes tratados. Esta porcentagem de cura pode chegar a 99% para aqueles pacientes nos quais o câncer está limitado ao testículo (69% dos pacientes com câncer de testículo).
A transmissão dessas informações é de extrema importância, pois estamos falando de um grupo de pacientes que normalmente é mais jovem e recebe um diagnóstico de câncer, remetendo à ideia terminal, sem cura. Porém, como comentado, felizmente, não é a realidade da grande maioria dos pacientes com diagnóstico de câncer de testículo.
FATORES DE RISCO
Idade:  Mais comum em homens entre 15 e 40 anos. Apesar de poder acometer pacientes de qualquer idade
Homens inférteis ou com atrofia nos testículos
Etnia: homens brancos têm dez vezes mais chance de desenvolver
Desenvolvimento anormal dos testículos
Testículo não descido (criptorquidia): esse nome dado para a situação em que um ou ambos os testículos não se encontram na bolsa testicular do bebê quando ele nasce. Quando corrigida de forma precoce, diminui o risco de desenvolvimento do câncer.
História familiar ou pessoal de câncer de testículo
Síndromes genéticas como Klinefelter
Homens portadores de HIV
Lembrando que os pacientes sem fatores de risco também podem desenvolver a doença.
DIAGNÓSTICO
A suspeita clínica e o primeiro sinal que leva o paciente a procurar o seu médico é o aumento do volume testicular ou presença de um nódulo testicular indolor a palpação. Geralmente o paciente percebe isso durante os banhos após lavar a região genital.
Existem também outros problemas associados ao aumento do volume testicular, como as infecções (orquiepididimites), hidroceles, torção testicular, hérnias inguinoescrotais e cisto de epidídimo.
Durante a consulta, no exame físico, o urologista confirma a presença do aumento testicular ou nódulo. Segue a investigação com exames de imagem como ultrassonografia com doppler colorido ou ressonância magnética de bolsa testicular (quando ultrassonografia inconclusiva) e exames de sangue como marcadores tumorais (Beta-hCG, Alfa-Fetoproteína e LDH). O resultado desses exames indica ou exclui a necessidade de tratamento.
Toda massa testicular encontrada durante a palpação, principalmente em adultos jovens, deve ser considerada como câncer, até que se prove o contrário. Apesar disso, o diagnóstico definitivo só ocorre após cirurgia com a retirada do testículo.
O retardo no diagnóstico pode levar à progressão da doença, já que essa neoplasia apresenta uma rápida evolução. Dito isso é de extrema importância o estadiamento oncológico por meio de tomografia computadorizada para a avaliação da presença de metástases.
Os tipos mais comuns de câncer de testículo são os que acometem as células germinativas, representados pelos tumores seminomatosos e não seminomatosos.
TRATAMENTO
O tratamento inicial consiste na retirada do testículo acometido, a chamada Orquiectomia Radical, realizada através de um corte na região inguinal do lado em que o testículo será retirado. Após o resultado da análise da peça cirúrgica é avaliada a necessidade de complementação com ciclos de radioterapia e/ou quimioterapia.
Por ser uma doença com predominância em pacientes mais jovens, devemos ter atenção na questão da fertilidade dos mesmos. De uma forma geral, o paciente portador de apenas um testículo não é incapaz de engravidar sua parceira. Apesar disso, em caso de necessidade de complementação do tratamento com quimioterapia ou radioterapia, grande parte evolui com a função do testículo remanescente alterada e apenas uma parcela desses normaliza a função testicular. Por esse motivo, todos os pacientes sem família constituída, devem ter seus espermatozoides congelados em um banco de sêmen antes do tratamento definitivo.
Quanto a questão estética, durante a cirurgia de remoção do testículo afetado pelo tumor, é possível realizar simultaneamente o implante de uma prótese testicular. Essa prótese é posicionada no espaço deixado pelo testículo removido. As próteses modernas apresentam um formato e consistência que se assemelham muito ao testículo oposto, assegurando um resultado estético satisfatório.
O acompanhamento com o seu urologista será realizado com consultas periódicas para avaliações clínicas além de exames de imagem e de sangue para um seguimento oncológico adequado.

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