A próstata é uma glândula que faz parte do sistema reprodutivo masculino, localizada abaixo da bexiga e à frente do reto (porção final do intestino). Ela é responsável por produzir parte do líquido seminal, que nutre e transporta os espermatozoides durante a ejaculação.
O exame físico com o toque retal é de extrema importância na investigação das doenças relacionadas à próstata. Devido à sua localização anterior ao reto, é possível palpar a zona periférica da glândula, onde ocorre a maior parte dos casos de câncer de próstata. O exame de toque retal permite a identificação de nódulos ou regiões endurecidas na superfície da próstata, auxiliando no diagnóstico precoce de possíveis anormalidades.
O câncer de próstata é o segundo mais frequente entre os homens, ficando atrás apenas dos cânceres de pele não melanoma. Ele é responsável por até 11% dos diagnósticos de câncer. Além disso, é a segunda principal causa de morte por câncer em homens, superada apenas pelo câncer de pulmão. Estatísticas mostram que, a cada 41 homens, pelo menos 1 morrerá de câncer de próstata.
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que em 2022 foram diagnosticados 65.840 novos casos de câncer de próstata no Brasil. Esse número corresponde a um risco estimado de 62,95 novos casos a cada 100 mil homens. Um em cada 9 homens será diagnosticado com câncer de próstata ao longo da vida.
Esta doença ocorre principalmente em homens mais velhos, com uma incidência maior a partir dos 65 anos. No entanto, é importante notar que homens mais jovens também podem desenvolver a doença.
Embora o câncer de próstata possa ser uma doença grave, a maioria dos homens que realizam o rastreamento e acompanhamento de forma adequada, quando diagnosticados, não morrerá em decorrência dela.
Até o momento, não existem medidas específicas que previnam o câncer de próstata. No entanto, adotar práticas saudáveis, como uma alimentação equilibrada, manutenção de um peso corporal saudável, prática regular de atividade física, não fumar e evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, pode reduzir o risco de várias doenças, inclusive o câncer.
Além disso, o diagnóstico precoce aumenta significativamente as opções de tratamento e as chances de cura da doença. Portanto, é essencial realizar o acompanhamento regular com um urologista de confiança o mais cedo possível.
O local mais comum do câncer de próstata é na zona periférica. Esta zona fica mais distante da uretra prostática, de modo que, inicialmente, o câncer de próstata geralmente não causa sintomas. Além disso, essa doença normalmente apresenta um crescimento lento e, em alguns casos, quando os sintomas surgem, a doença já pode estar em um estágio avançado, com invasão de órgãos adjacentes (como bexiga, reto e ureteres) ou com metástases.
Por isso, não se deve esperar pelo aparecimento de sintomas para iniciar a investigação e o rastreamento do câncer de próstata. A detecção precoce é crucial para aumentar as opções de tratamento e melhorar as chances de cura.
Não podemos evitar o câncer de próstata, contudo, com o acompanhamento e rastreamento adequados, podemos diagnosticá-lo precocemente, logo no início da sua manifestação. Isso é crucial no tratamento da doença, aumentando nossas chances de cura.
Dito isso, seguindo as recomendações da Associação Americana de Urologia (AUA), todos os homens a partir dos 45 anos devem realizar anualmente o rastreamento e investigação do câncer de próstata. Por outro lado, homens com fatores de risco para o desenvolvimento da doença, como histórico familiar de câncer de próstata, pertencentes à etnia negra ou obesos, devem iniciar o rastreamento aos 40 anos.
A biópsia de próstata geralmente é realizada após detecção de alterações no exame de toque retal e/ou no PSA. Consiste na coleta de fragmentos da próstata, encaminhados para análise em laboratório, onde o médico patologista identifica o tipo de tecido presente na amostra.
É o único exame que confirma o diagnóstico de câncer de próstata. A ressonância magnética desempenha um papel essencial como exame complementar antes da biópsia, auxiliando na identificação e coleta de fragmentos das áreas de maior suspeita.
O câncer de próstata é uma doença de progressão gradual, muitas vezes lenta. Por isso, pode ser descoberto em diversos estágios de evolução, desde a fase inicial, totalmente localizada na próstata, até casos avançados com metástase em órgãos e ossos.
É crucial compreender que o tratamento do câncer de próstata deve ser individualizado, considerando as características específicas do tumor e as particularidades do paciente.
Na fase inicial, onde o câncer está confinado à próstata, há o maior potencial de cura. Em alguns casos de diagnóstico precoce, podemos identificar doenças de baixo risco que podem se beneficiar do protocolo de vigilância ativa. No entanto, em situações similares de doença localizada, os tratamentos com proposta curativa, como a prostatectomia radical e a radioterapia, oferecerem um benefício significativo ao paciente. Ambos os tratamentos têm um excelente potencial de cura, cada um com suas vantagens e desvantagens, que devem ser discutidas detalhadamente em consulta com o urologista.
A cirurgia para tratar o câncer de próstata, conhecida como prostatectomia radical, envolve a remoção da glândula prostática, das vesículas seminais e a seção dos ductos deferentes. Após a remoção, a bexiga é suturada à uretra para reconstruir o canal urinário.
Essa cirurgia pode ser realizada de três maneiras:
A próstata está intimamente ligada a estruturas relacionadas à ereção do pênis e à continência urinária, devido à sua proximidade com o esfíncter urinário, a musculatura do assoalho pélvico e os nervos adjacentes que se dirigem ao pênis. A delicadeza necessária na dissecção e separação dos tecidos para preservar a função erétil e a continência urinária levou ao desenvolvimento de técnicas minimamente invasivas, como a cirurgia laparoscópica e, mais recentemente, a cirurgia robótica, que se tornou a tecnologia mais avançada e especializada para esse tipo de procedimento.
A cirurgia robótica é uma sofisticação e modernização do procedimento, realizada por meio de um robô de alta tecnologia e confiabilidade, controlado pelo cirurgião. Essa abordagem causa menos trauma intraoperatório, levando a uma recuperação mais rápida, menos dor, menor tempo de internação hospitalar, retorno mais precoce às atividades habituais e menos sangramento durante a cirurgia.
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