Vasectomia

Introdução:

 

Os espermatozoides são continuamente produzidos nos testículos, especificamente nos túbulos seminíferos, estruturas localizadas dentro dos testículos. Posteriormente, são transportados pelos dos ductos deferentes, tubos que saem dos testículos e se conectam aos ductos ejaculatórios. Estes últimos, ao passarem pela próstata, transportam os espermatozoides até a uretra, onde se misturam com as secreções das vesículas seminais, formando o esperma. Durante a ejaculação, o esperma é liberado. 

 

O que é a vasectomia?

A vasectomia é um procedimento cirúrgico que consiste no corte e ligadura dos ductos deferentes, os tubos responsáveis por transportar os espermatozoides dos testículos até o pênis. Ao impedir esse transporte, a vasectomia resulta na esterilidade masculina, prevenindo assim a gravidez. Na prática, trata-se de um método contraceptivo altamente seguro e extremamente eficiente, com desconforto mínimo no pós operatório imediato. 

 

Quem pode fazer a vasectomia?

 

A partir de 2023, a idade mínima para a realização da vasectomia e laqueadura diminuiu de 25 para 21 anos. Além disso, não é mais necessário o consentimento do cônjuge para a realização destes procedimentos. Pacientes que tenham pelo menos 2 filhos vivos também podem realizar os procedimentos, mesmo se tiverem menos de 21 anos. 

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Como a vasectomia é realizada?

 

A vasectomia é geralmente realizada em um centro cirúrgico, utilizando anestesia local e sedação leve para garantir o máximo conforto ao paciente. Inicialmente, os ductos deferentes são identificados através da bolsa testicular, onde é feita uma incisão de aproximadamente 0,5 cm na pele de cada lado. Após uma dissecção meticulosa das estruturas abaixo da pele, o ducto é exposto e um segmento de cerca de 2 cm é seccionado. Os extremos dos ductos são cauterizados com bisturi elétrico e ligados duplamente com fios adequados. Por fim, é realizada a revisão da hemostasia da região e a pele fechada com um ponto absorvível. 

 

Qual a eficácia da vasectomia?

 

A vasectomia é altamente eficaz na prevenção da gravidez. No entanto, é importante lembrar que o procedimento não oferece proteção contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Portanto, o uso de preservativos ainda é recomendado para prevenir DSTs após a vasectomia.

 

Por que fazer a vasectomia?

 

  • Planejamento familiar: A vasectomia é um procedimento utilizado como método de controle da fertilidade masculina;

 

  • Procedimento rápido e seguro: Não é necessário internação hospitalar para realizar o procedimento. Após a sua conclusão e a recuperação da sedação leve o paciente pode retornar para casa;

 

  • Pouco doloroso: Geralmente, os pacientes relatam sentir pouca ou nenhuma dor no pós operatório. Controlando, quando necessário os sintomas apenas com analgésicos leves. 

 

A vasectomia pode alterar a ereção e o libido?

 

Não, nesta cirurgia apenas ocorre a ligação dos ductos deferentes, impedindo que os espermatozoides cheguem ao esperma e sejam eliminados durante a ejaculação. A potência sexual, ereção e libido são relacionados com aspectos hormonais, vasculares e sensoriais do pênis do paciente, os quais continuam a acontecer normalmente, sem alteração do prazer sexual. 

 

O esperma secará após a vasectomia?

 

Não, apenas 5% do volume do esperma vem dos testículos. Cerca de 95% são produzidos na próstata e nas vesículas seminais. Considerando que o volume médio do ejaculado varia de 2 a 5 ml, a alteração do volume do esperma é imperceptível.

 

 

O que acontece com os espermatozoides após a vasectomia?

 

Após a vasectomia, os espermatozoides continuam sendo produzidos inicialmente. No entanto, devido à ligação dos ductos deferentes, os espermatozoides começam a se acumular nos testículos. Com o tempo, as células produtoras (túbulos seminíferos) entram em um estado de hibernação e a produção cessa. 

 

Quais os riscos da vasectomia?

 

Em alguns casos pode ocorrer um pequeno sangramento na bolsa testicular, deixando a área onde ocorreu o sangramento com uma tonalidade arroxeada. Geralmente, esses hematomas são absorvidos sem maiores problemas. A complicação mais grave é a recanalização dos ductos deferentes. Segundo estudo da Universidade de Harvard, isso ocorre em 0,25% dos casos, ou seja, 1 em cada 4.000 pacientes submetidos à cirurgia. 

 

Quais os cuidados tenho que ter após a vasectomia?

  • É necessário sempre ter um acompanhante para retornar para casa após a cirurgia, e o uso de um suspensório escrotal pode reduzir o desconforto;

 

  • Recomenda-se aplicar uma bolsa de gelo protegida por uma toalha sobre o escroto durante 15 minutos, duas a três vezes por dia, nos primeiros 2 dias após a cirurgia;

 

  • Deve-se lavar as cicatrizes com água e sabonete durante os banhos, limpar com álcool e realizar curativo simples até a cicatrização.

 

  • Repouso relativo: Nos primeiros 10 dias, é importante evitar atividades físicas ou sexuais para permitir uma cicatrização adequada das incisões e garantir o conforto do paciente

 

  • Continuar utilizando métodos contraceptivos de forma regular após a vasectomia até que um novo espermograma, geralmente realizado após 2 meses ou 30 ejaculações, confirme a ausência de espermatozóides no esperma. 

 

É possível reverter a vasectomia?

 

Antes do paciente optar pela vasectomia, é importante considerar cuidadosamente a decisão, uma vez que o procedimento é considerado permanente. Um período de reflexão é necessário antes da realização do procedimento. No entanto, questões como instabilidade de relacionamentos, busca pela liberdade e mudanças de mentalidade pode levar as pessoas a reconsiderarem sua decisão tomada no passado e procurarem métodos para reverter a vasectomia.

A reversão da vasectomia é um procedimento visa restabelecer o fluxo dos espermatozoides pelos ductos deferentes. Realizada através da mesma incisão da vasectomia, a reversão é conduzida com o auxílio de um microscópio cirúrgico para reconectar os ductos. 

É importante destacar que quanto menor for o intervalo entre a vasectomia e a sua reversão, maiores são as chances de sucesso para alcançar uma gestação desejada.

 

  • Reversão após vasectomia realizada há 3 anos: 98% dos pacientes apresentam espermatozoides no ejaculado e 75% engravidam suas parceiras;

 

  • Reversão após vasectomia realizada entre 3 e 8 anos: 88% dos pacientes apresentam espermatozoides no ejaculado e 55% engravidam suas parceiras;

 

  • Reversão após vasectomia realizada entre 9 e 14 anos: 79% dos pacientes apresentam espermatozoides no ejaculado e 45% engravidam suas parceiras;

 

  • Reversão após vasectomia realizada há mais de 15 anos: 71% dos pacientes apresentam espermatozoides no ejaculado e 31% engravidam suas parceiras;

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